domingo, 26 de junho de 2011

Calendário de Vacinação !!!

importante compromisso.

Idade Vacina Dose
Ao nascer BCG-ID Dose única
Hepatite B 1ª dose

2 meses Hepatite B 2ª dose
Tríplice bacteriana (DTP) ou (DTPa *) 1ª dose
Hemófilos tipo b (**) 1ª dose
Poliomielite (VOP) ou (vírus inativados *) 1ª dose
Rotavírus 1ª dose
Pneumocócica Conjugada 1ª dose


3 meses Meningocócica C Conjugada 1ª dose


4 meses Tríplice bacteriana (DTP) ou (DTPa *) 2ª dose
Hemófilos tipo b (**) 2ª dose
Poliomielite (VOP) ou (vírus inativados *) 2ª dose
Rotavírus 2ª dose
Pneumocócica Conjugada 2ª dose


5 meses Meningocócica C Conjugada 2ª dose


6 meses Hepatite B 3ª dose
Tríplice bacteriana (DTP) ou (DTPa *) 3ª dose
Hemófilos tipo b (**) 3ª dose
Poliomielite (VOP) ou (vírus inativados *) 3ª dose
Rotavírus 3ª dose (dependendo do fabricante apenas 2 doses serão necessárias)
Pneumocócica Conjugada 3ª dose
Influenza (***) 1ª dose


7 meses Influenza (***) 2ª dose


9 meses Febre Amarela 1ª dose (áreas endêmicas)


12 meses Hepatite A (***) 1ª dose
Tríplice Viral (SRC) 1ª dose
Varicela (catapora) (*) 1ª dose
Meningocócica C Conjugada Reforço


15 meses Tríplice bacteriana (DTP) ou (DTPa *) Reforço
Hemófilos tipo b (**) Reforço
Poliomielite (VOP) ou (vírus inativados *) Reforço
Pneumocócica Conjugada Reforço


18 meses Hepatite A (*) 2ª dose
Influenza (***) Reforço anual


30 meses Influenza (***) Reforço anual


42 meses Influenza (***) Reforço anual


4 anos Tríplice bacteriana (DTP) ou (DTPa *) Reforço
Poliomielite (VOP) ou (vírus inativados *) Reforço
Tríplice Viral (SRC) 2ª dose
Varicela (catapora) (*) 2ª dose


(*) Não disponível na rede pública

(**) Vacina Hemóhilos (Hib) - Se as vacinas Hemófilos (Hib) e DTPa forem aplicadas juntas, será necessária a quarta dose da Hemófilos.

(***) Disponível na rede pública nas campanhas de vacinação contra a gripe para crianças entre 6 meses e dois anos de idade.

Observação: Mesmo a criança tendo recebido as vacinas contra a poliomielite (vírus inativados) ela também deverá receber a vacina contra a poliomielite (atenuada) oferecida nas campanhas nacionais de vacinação.

Atenção! O Guia do Bebê disponibiliza aqui apenas o calendário até 4 anos de idade.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria

domingo, 17 de abril de 2011

Primeiros cuidados Com o Bebe

Mesmo que a mãe se sinta insegura e um pouco cansada após o parto, a ela cabem os primeiros cuidados com o bebê, numa relação de afeto, delicadeza e respeito pelo filho.

Umbigo
De sete a quinze dias após o nascimento do bebê, o "coto" umbilical seca e cai espontaneamente. É importante mantê-lo limpo, aplicando, duas vezes ao dia, merthiolate incolor ou álcool 70%. A mãe deve usar cotonete e, após a queda, continuar mantendo a mesma higiene do local. Merthiolate colorido ou mercúrio cromo são desaconselháveis. Um leve sangramento é normal.

OBS: Modernamente, há fraldas descartáveis para os primeiros dias do bebê, com um orifício na altura do umbigo, para não comprimi-lo. Ataduras e faixas do "tempo da vovó" são absolutamente desaconselháveis.

Nariz
Espirros ocasionais não devem afligir a mãe, pois são normais em recém-nascidos. No caso de ela perceber que o narizinho do bebê está entupido, deve utilizar soro fisiológico, em temperatura ambiente, se possível, sem conservantes. Deve pingar o conteúdo de um conta-gotas (+ ou - 1ml) em cada narina. É recomendável ter o produto, sempre, em casa, pois descongestionantes comuns são perigosos para o bebê.

Dando banho
O banho é um momento especial que requer carinho e delicadeza, pois o contato com a água, mesmo que a temperatura esteja adequada, é, sempre, uma surpresa para o bebê e isso pode causar-lhe insegurança.

Recomendações à mãe:

Prepare o local do banho. Providencie, com antecedência, sabão neutro, toalha macia e roupinhas limpas.
A banheirinha infantil deve estar bem lavada e a temperatura da água, agradável ao toque (mais ou menos 34 graus).
Para testar a temperatura da água, mergulhe, nela, seu cotovelo esquerdo.
Enrole o bebê em uma toalha e sente-se próximo à banheirinha, de modo que a cabeça do bebê fique sobre ela. Lave, primeiro, o rostinho (sem sabonete), e, em seguida, a cabeça.
Desembrulhe o nenê e coloque-o, com cuidado, na água. O seu braço esquerdo deve servir de apoio para a cabecinha, de modo a deixar a sua mão livre para segurar, firmemente o bracinho. Use a mão direita para lavar a criança.
Ao retirar o nenê da água, envolva-o em uma toalha macia. Providencie para que o trocador fique perto do local o banho, a fim de que a criança não tome correntes de ar.
Seque, cuidadosamente, as dobrinhas e o umbigo. Não use talco. Consulte o pediatra no caso de assaduras.
Vista o bebê com roupas macias, folgadas e confortáveis.
Trocando as fraldas
Recomendações à mãe:

Lave bem as mãos todas as vezes que for manipular o bebê.
Forre, sempre, o local onde será feita a troca.
Use algodão molhado em água morna ou óleo especial, para remover resíduos de fezes o urina. (Já existem, no mercado, lenços úmidos apropriados para higiene infantil. Consulte seu pediatra antes de usa-los).
No caso das meninas, os movimentos de limpeza devem ser feitos de frente para trás, para não trazer resíduos de fezes para a uretra e vagina.
Para prevenir assaduras, passe um creme protetor à base de óxido de zinco.
Não use alfinetes para prender a fralda. Prefira fita adesiva ou fraldas descartáveis com vélcron.
Lave as fraldas de pano com sabão neutro e seque ao sol. Não use alvejante ou amaciante.
Amamentando
A mãe deve amamentar seu bebê, no mínimo, até seis meses, quando será introduzida, aos poucos, uma dieta especial, com pequenas porções de frutas e sucos e, mais tarde, sopinhas. O pediatra saberá orientá-la sobre as vantagens do aleitamento materno e esclarecer todas as suas dúvidas (primeira mamada, momentos de excesso ou falta de leite, cólicas do bebê etc.)

Visitas e passeios
Visitas de parentes e amigos devem acontecer somente uns cinco dias após o nascimento, a fim de que haja tempo para que o bebê adquira anticorpos e a mãe se recupere. Pessoas com qualquer tipo de problema de saúde devem evitar contanto com o recém-nascido.

Passeios ao ar livre devem ser matinais (entre nove e dez horas), de modo que o nenê possa tomar sol, que ajuda a sintetizar vitaminas importantes e a diminuir a icterícia, muito comum na primeira semana de vida.


Cuidados no pós-parto

O puerpério, ou pós-parto, é o período que se inicia após a dequitação (saída da placenta) e termina com a primeira ovulação da mulher. A primeira ovulação nas mulheres que não amamentam ocorre entre 6 e 8 semanas após o nascimento do bebê. Nas mamães que amamentam isso pode acontecer depois de 6 a 8 meses. Esse é um momento de mudanças físicas, fisiológicas e psíquicas.

Como o período em que a primeira ovulação acontece é imprevisível, se a mamãe não quiser ficar grávida é essencial que use algum método contraceptivo para não correr riscos. Para saber o melhor método, converse com seu médico.

O puerpério é dividido em três fases:

• Puerpério imediato (do primeiro ao décimo dia).

• Puerpério tardio (do décimo ao quadragésimo quinto dia).

• Puerpério remoto (além do quadragésimo quinto dia, até retornar a função reprodutiva da mulher).

Após o parto normal, a mulher já pode andar e comer, mas a mamãe não deve se levantar sozinha, pois perdeu muito sangue durante o parto e isso pode fazer com que a pressão arterial caia e cause até desmaios.

Já no parto cesária, a mulher deve permanecer em repouso na cama já que realizou um procedimento cirúrgico. Mas não por muito tempo, pois permanecer deitada no leito por muito tempo aumenta o risco de trombose no período pós-parto. É recomendado que a mamãe levante somente com auxilio da enfermagem após 12 horas do parto. A alimentação após a cesariana é iniciada gradualmente após 6 horas.

A alta hospitalar acontece a partir de 48 horas do parto normal e 72 horas após a cesariana se tudo ocorrer bem, e se obstetra, neonatologista e pais estiverem de acordo. Exercícios pré e pós-natal orientados são fundamentais para o mais rápido estabelecimento da mulher.

Um corrimento vaginal (lóquios) parecido com a menstruação ocorrerá por cerca de 20 a 30 dias. Nos primeiros dias será vermelho e intenso tendendo a diminuir e ficar acastanhado até transparente. Se dentro de 30 dias esse corrimento não diminuir ou aumentar, tiver mau cheiro, coágulos ou secreção purulenta com febre, é melhor avisar o médico, pois pode ser sinal de alguma infecção.

Nas nutrizes (mamães que amamentam) ou nas mulheres submetidas à operação cesariana com limpeza abundante da cavidade uterina, os lóquios costumam ser de menor intensidade.

Mudanças no útero - O útero é primeira mudança sentida pela mulher. Após o parto, ele deve estar duro e firme e geralmente uma enfermeira irá examiná-lo várias vezes durante algumas horas. O útero se contrai naturalmente para prevenir hemorragia e para retornar ao tamanho que era antes da gravidez. As contrações podem acentuar-se durante a amamentação, provocadas pela estimulação da sucção dos mamilos. Até o final do primeiro mês, diminuindo cerca de um centímetro por dia, o útero retorna ao seu tamanho original.

Os seios estão se preparando para alimentar o bebê por isso tornam-se doloridos. A amamentação fará com que alivie a dor. Se sentir dores fortes, endurecimento das mamas e febre, procure seu médico. Não esqueça de pedir o máximo de informações sobre amamentação com os profissionais que te atenderão no pós-parto. O leite materno é o melhor alimento para seu filho e a amamentação faz com que seu corpo volta o mais rápido ao que era antes da gravidez.

O intestino costuma ficar mais lento e acumular gases, podendo aparecer hemorróidas e um certo inchaço na barriga. Nas primeiras vezes, poderá sentir um pouco de dor e também de medo que os pontos rompam, com o esforço. O relaxamento da musculatura abdominal e perineal, a episiotomia e hemorróidas deixam a mulher com intestino preso.

Nas pacientes submetidas à operação cesariana, a obstipação (intestino preso) pode chegar até 72 horas. Recomenda-se ingerir alimentos ricos em fibra, frutas como mamão, ameixa e laranja, além de beber bastante água, pelo menos dois litros por dia.

A região perineal, principalmente se a episiotomia tenha sido feita, e a região do corte cirúrgico na cesárea podem doer. Caso isso ocorra, a mamãe terá a receita médica de analgésicos.

Essas regiões devem estar sempre limpas. Existem exercícios para melhor cicatrização. Seu médico pode te orientar

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde) no atendimento ao parto normal

A Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu uma classificação das práticas comuns na condução do parto normal, orientando para o que deve e o que não deve ser feito no processo do parto. Esta classificação foi baseada em evidencias científicas concluídas através de pesquisas feitas no mundo todo.



CATEGORIA A:

PRÁTICAS DEMONSTRADAMENTE ÚTEIS E QUE DEVEM SER ESTIMULADAS:

· Plano individual determinando onde e por quem o nascimento será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação e comunicado a seu marido/companheiro e, se aplicável, a sua família;

· Avaliação do risco gestacional durante o pré-natal, reavaliado a cada contato com o sistema de saúde e no momento do primeiro contato com o prestador de serviços durante o trabalho de parto, e ao longo deste último;

· Monitoramento do bem-estar físico e emocional da mulher durante trabalho e parto e ao término do processo de nascimento;

· Oferta de líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto;

· Respeito à escolha da mãe sobre o local do parto, após ter recebido informações;

· Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a mulher se sentir segura e confiante;

· Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto;

· Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto;

· Respeito à escolha da mulher sobre seus acompanhantes durante o trabalho de parto e parto;

· Fornecimento às mulheres sobre todas as informações e explicações que desejarem;

· Métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor, como massagem e técnicas de relaxamento, durante o trabalho de parto;

· Monitoramento fetal por meio de ausculta intermitente;

· Uso de materiais descartáveis apenas uma vez e descontaminação adequada de materiais reutilizáveis, durante todo o trabalho de parto e parto;

· Uso de luvas no exame vaginal, durante o parto do bebê e no manuseio da placenta;

· Liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto;

· Estímulo a posições não supinas durante o trabalho de parto;

· Monitoramento cuidadoso do progresso do parto, por exemplo por meio do uso do partograma da OMS;

· Administração profilática de ocitocina no terceiro estágio do parto em mulheres com risco de hemorragia no pós-parto, ou que correm perigo em conseqüência da perda de até uma pequena quantidade de sangue;

· Condições estéreis ao cortar o cordão;

· Prevenção da hipotermia do bebê;

· Contato cutâneo direto precoce entre mãe e filho e apoio ao início da amamentação na primeira hora após o parto, segundo as diretrizes da OMS sobre aleitamento materno;

· Exame rotineiro da placenta e membranas ovulares;



CATEGORIA B:

PRÁTICAS CLARAMENTE PREJUDICIAIS OU INEFICAZES E QUE DEVEM SER ELIMINADAS:

· Uso rotineiro de enema;

· Uso rotineiro de tricotomia;

· Infusão intravenosa de rotina no trabalho de parto;

· Cateterização venosa profilática de rotina;

· Uso rotineiro de posição supina (decúbito dorsal) durante o trabalho de parto;

· Exame retal;

· Uso de pelvimetria por Raios-X;

· Administração de ocitócitos em qualquer momento antes do parto de um modo que não permite controlar seus efeitos;

· Uso de rotina da posição de litotomia com ou sem estribos durante o trabalho de parto;

· Esforço de puxo prolongados e dirigidos (manobra de Valsalva) durante o 2º estágio do trabalho de parto;

· Massagem e distensão do períneo durante o 2º estágio do trabalho de parto;

· Uso de comprimidos orais de ergometrina no 3º estágio do trabalho de parto, com o objetivo de evitar ou controlar hemorragias;

· Uso rotineiro de ergometrina parenteral no 3º estágio do trabalho de parto;

· Lavagem uterina rotineira após o parto;

· Revisão uterina (exploração manual) rotineira após o parto;



CATEGORIA C:

PRÁTICAS EM RELAÇÃO AS QUAIS NÃO EXISTEM EVIDÊNCIAS SUFICIENTES PARA APOIAR UMA RECOMENDAÇÃO CLARA E QUE DEVEM SER UTILIZADAS COM CAUTELA ATÉ QUE MAIS PESQUISAS ESCLAREÇAM A QUESTÃO:

· Métodos não farmacológicos de alívio de dor durante o trabalho parto, como ervas, imersão em águas e estimulação dos nervos;

· Amniotomia precoce de rotina no primeiro estágio do trabalho de parto;

· Pressão do fundo durante o trabalho de parto;

· Manobras relacionadas à proteção do períneo e ao manejo do pólo cefálico no momento do parto;

· Manipulação ativa do feto no momento do parto;

· Uso rotineiro de ocitocina de rotina, tração controlada do cordão, ou sua combinação durante o 3º estágio do trabalho de parto;

· Clampeamento precoce do cordão umbilical;

· Estimulação do mamilo para estimular as contratilidades uterina durante o 3º estágio do trabalho de parto.



CATEGORIA D:

PRÁTICAS FREQUENTEMENTE USADAS DE MODO INADEQUADO:

· Restrição hídrica e alimentar durante o trabalho de parto;

· Controle da dor por agentes sistêmicos;

· Controle da dor por analgesia peridural;

· Monitoramento eletrônico fetal;

· Uso de máscaras e aventais estéreis durante a assistência ao trabalho de parto;

· exames vaginais repetidos ou freqüentes, especialmente por mais de um prestador de serviço;

· Correção da dinâmica com utilização de ocitocina;

· Transferência rotineira da parturiente para outra sala no início do segundo estágio do trabalho de parto;

· Cateterização da bexiga;

· Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a mulher sinta o puxo involuntário;

· Adesão rígida a uma duração estipulada do 2º estágio do trabalho de parto, como por exemplo uma hora, se as condições da mãe e do feto forem boas e se houver progressão do trabalho de parto;

· Parto operatório;

· Uso liberal e rotineiro de episiotomia;

· Exploração manual do útero após o parto.


O que é parto humanizado

Uma importante questão a ser esclarecida é que o termo "Parto humanizado" não pode ser entendido como um "tipo de parto", onde alguns detalhes externos o definem como tal, como o uso da água ou a posição, a intensidade da luz, a presença do acompanhante ou qualquer outra variável. A Humanização do parto é um processo e não um produto que nos é entregue pronto.

Acredito que estamos a caminho de tornar cada vez mais humano este processo, isto é, tornar cada vez mais consciente a importância de um processo que para a humanidade sempre foi instintivo e natural e que por algumas décadas tentamos interfirir mecanicamente, ao hospitalizarmos o nascimento e querer enquadrar e mecanizar em um formato único as mulheres e o evento parto.

O termo “humanização” carrega em si interpretações diversas. A qualidade de “humano” em nossa cultura quase sempre se refere à idéia arraigada na moral cristã de ser bom, dócil, empático, amável e de ajudar o próximo. Nesse contexto, retirar a mulher de seu “sofrimento” e “acelerar” o parto através de medicações e de manobras técnicas ou cirúrgicas e é uma tarefa nobre da medicina obstétrica e assim vem sendo cumprida.

Mas há um porém neste tipo de intervenção. Um olhar mais atento na prática atual da assistência ao parto revela uma enorme contradição entre as intervenções técnicas ou cirúrgicas e as suas conseqüências no processo fisiológico do parto e na saúde física e emocional da mãe e do bebê. Um olhar ainda mais atento nos processos culturais, emocionais, psíquicos e espirituais envolvidos no parto revelam novos e norteadores horizontes, tal qual a importância, para mãe e filho, de vivenciar integralmente a experiência do parto natural.

A qualidade de humano que se quer aqui revelar envolve os processos inerentes ao ser humano, os processos pertinentes ao ciclo vital e a gama de sentimentos e transformações que a acompanham. O processo de nascimento, as passagens para a vida adolescente e adulta, a vivência da gravidez, do parto, da maternidade, da dor, da morte e da separação são experiências que inevitavelmente acompanham a existência humana e por isso devem ser consideradas e respeitadas no desenrolar de um evento natural e completo como é o parto. Muitas e muitas mulheres ao relatarem seus partos via cesariana mostram a frustração de não terem parido naturalmente, com as próprias forças, os seus filhos. Querem e precisam vivenciar o nascimento de seus filhos de forma ativa, participativa, inteira. Viver os processos naturais e humanos por inteiro muitas vezes envolve dor, incômodo, conflito, medo. Mas são estes mesmo os “portais” para a transição, para o crescimento, para o desenvolvimento e amadurecimento humano.

A humanização proposta pela ‘humanização do parto’ entende a gestação e o parto como eventos fisiológicos perfeitos (onde apenas 15 a 20% das gestantes apresentam adoecimento neste período necessitando cuidados especiais), cabendo a obstetrícia apenas acompanhar o processo e não interferir buscando ‘aperfeiçoá-lo’.

Humanizar é acreditar na fisiologia da gestação e do parto.
Humanizar é respeitar esta fisiologia, e apenas acompanhá-la.
Humanizar é perceber, refletir e respeitar os diversos aspectos culturais, individuais, psíquicos e emocionais da mulher e de sua família.
Humanizar é devolver o protagonismo do parto à mulher.
É garantir-lhe o direito de conhecimento e escolha.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sinais e Sintomas de Aneurisma Cerebral.

O sintoma mais comum é uma cefaléia – dor de cabeça – com vômitos, convulsões e perda de consciência e, em alguns casos, ptose palpebral (queda da pálpebra) e perda progressiva da visão por causa do comprometimento do nervo óptico devido à compressão provocada pelo aneurisma. Com o avanço do tempo de ruptura, a dor de cabeça aumenta e surge uma dor na nuca ou nas costas e pernas que ocorre porque o sangue escorre para a coluna e atinge os nervos provocando a sensação de dor nas costas.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico para pacientes com aneurisma cerebral não roto tem alto grau de dificuldade por não causarem dor de cabeça, apenas pequenas isquemias cerebrais ou queda da pálpebra.
Somente uma angiografia cerebral digital ou uma angiografia por ressonância magnética pode identificar casos de aneurismas ainda pequenos.
A tomografia computadorizada do encéfalo somente diagnostica aneurismas muito grandes.
Caso a tomografia computadorizada não acuse o aneurisma e o paciente estive sentindo rigidez na nuca, deve ser feita uma punção lombar para ver se há sangue no ‘líquor’, o líquido que banha o cérebro e a espinha. Naturalmente, o líquor é como água, mas qual o paciente sofreu uma hemorragia por aneurisma cerebral, o líquorfica avermelhado por conta do sangue da hemorragia que se misturou ao liquido.
TRATAMENTO

Aneurismas Não Rotos: Nesse caso, o tratamento dos aneurismas deve ser bem avaliado pelo médico pois há um risco anual de ruptura de um aneurisma de 1,25 %. O momento mais adequado para o tratamento deve ser decidido junto ao médico.
Aneurismas Rotos: Esses devem ser tratados com a maior urgência possível devido à gravidade. A cirurgia é bem delicada e por isso também deve ser bem avaliada.
No entanto, nem todos os pacientes podem ser tratados com cirurgia. O tratamento endovascular, método ‘embolização por cateter’, consiste em introduzir um cateter na artéria da virilha e levá-lo até o aneurisma bloqueando-o com a inserção de micro molas de platina.
Em casos em que a estrutura vascular do paciente não permitie a passagem do cateter a única alternativa é a cirurgia. Outro método é a inserção de um líquido que se torna sólido no interior do aneurisma, o Onyx.

Aneurisma Cerebral.

O QUE É ANEURISMA CEREBRAL?

O Aneurisma cerebral, È também conhecido como hemorragia subaracnóide.
Hemorragia cerebral e derrame cerebral, é a dilatação anormal de alguma artéria que leva sangue para o cerebro. Essa dilatação pode levar à ruptura da artéria no local da anormalidade.

O risco do aneurisma cerebral é haver uma ruptura da artéria cerebral ocorrendo então um “vazamento” de sangue para um espaço no cérebro denominado “espaço subaracnóide”. Cerca de um terço dos pacientes que sofrem essa ruptura vão a óbito. Quando não ocorre, o risco de morte aumenta a cada hemorragia cerebral.
QUEM PODE CONTRAIR
pode se dar em qualquer momento da vida de qualquer indivíduo, no entanto, o mais comum ocorrer entre os 40 e 50 anos de idade.

terça-feira, 15 de março de 2011

Diálise peritoneal

Diálise peritoneal é o processo de depuração do sangue no qual a transferência de solutos e líquidos ocorre através de uma membrana semipermeável (o peritônio) que separa dois compartimentos. Um deles é a cavidade abdominal, onde está contida a solução de diálise; o outro é o capilar peritoneal, onde se encontra o sangue com excesso de escórias nitrogenadas, potássio e outras substâncias. O peritônio age como um filtro, permitindo a transferência de massa entre os dois compartimentos. Consiste em uma membrana semipermeável, heterogênea e com múltiplos poros de diferentes tamanhos.

A diálise peritoneal é uma terapia de substituição renal.


Diálise peritoneal passo-a-passo

A solução de diálise é introduzida na cavidade abdominal através de um cateter, onde permanece por um determinado tempo para que ocorram as trocas entre a solução e o sangue (esse processo é chamado de permanência). De um modo geral, as escórias nitrogenadas e líquidos passam do sangue para a solução de diálise, a qual é posteriormente drenada da cavidade peritoneal. Após isso, uma nova solução é infundida, repetindo assim o processo dialítico e dando início a um novo ciclo de diálise.

Portanto, cada ciclo de diálise peritoneal (conhecido como troca) possui três fases: infusão, permanência e drenagem. O número de trocas ou ciclos realizados por dia, assim como o tempo de permanência e drenagem, dependem da modalidade de diálise peritoneal escolhida de acordo com as características clínicas de cada paciente.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Nossa missão é.........

Você, que é enfermeira, ame os doentes... - Minutos de Sabedoria
Você, que é enfermeira, ame os doentes que a procuram e que lhe foram confiados, como se fossem seus próprios filhos e irmãos.
Sua missão é grandiosa e sublime, embora difícil e espinhosa.
Não se irrite jamais!
Os enfermos são exigentes, porque sentem mais necessidades de carinho do que as pessoas sadias.
Seu carinho lhes apressará a cura, mais do que qualquer outro remédio.


Enfermagem ,"Gente que cuida de Gente"

A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!